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Archive for 28 de março de 2008

O que vai pela imprensa

O Globo:

SÃO LUÍS. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, fez em São Luís o que mais gosta. Com um discurso recheado de ataques ao capitalismo, falou da sacada do Palácio dos Leões, sede do governo estadual, para um público estimado em duas mil pessoas, que se reuniu em praça pública exibindo bandeiras vermelhas e gritando palavras de ordem. Chávez assinou com o governador Jackson Lago (PDT) protocolos de intenções nas áreas da educação, agropecuária, saúde e meio ambiente. Um dos acordos beneficiará assentamentos do Movimento dos Sem Terra (MST) com um programa de alfabetização de adultos, baseado num método cubano que utiliza a TV como veículo de educação.

O MST é um grupo fora da lei, que provoca atos terroristas, mata pessoas e ignora completamente o arcabouço legal do país. No entanto consegue celebrar convênios e receber dinheiro do governo brasileiro e agora do bravateiro venezuelano. O líder do movimento já reconheceu que a causa agrária já não existe no Brasil, que a luta é contra o capitalismo mesmo. A principal arma de seus líderes é a manutenção de um enorme contingente de pobres como massa de manobra para seus atos de demonstração de força. O tal método cubano pode até ensinar a ler e escrever mas tem um preço altíssimo: a renúncia da capacidade de pensar. Tudo isso sob olhos do estado. Pobre país.

O Globo:

A irritação dos produtores agrícolas, que contamina as classes médias e altas dos melhores bairros de Buenos Aires, decorre, em grande parte, de uma política econômica que tem produzido mais uma bolha de crescimento – na faixa de invejáveis 8% ao ano – do que um ciclo de expansão sustentada, como o que parece entrar o Brasil. Afinal, a explicação para esse crescimento está na ocupação da enorme capacidade ociosa causada pela profunda recessão de mais de 15% ocorrida em 2001/2. Não decorre de novos investimentos.

Quando a Argentina declarou a moratória, os petistas deram urras. Diante do crescimento argentino dos últimos anos passaram a ficar mais afoitos: a solução para nosso problemas econômicos estava logo ali do lado. O principal mérito do atual governo é não escutar seu próprio partido, manteve a política econômica do governo anterior e estamos crescendo, apesar do petismo.
Não é de graça ou por bondade dos comissários atuais. Eles sabem que para continuar rebaixando as instituições precisam da estabilidade econômica. É um pacto, conservam a economia funcionando razoavelmente mas que os deixem em paz para meter a mão em todo o resto.
Um dia o populismo cobra seu preço. Cobrará logo na Argentina porque as bases econômicas lá são muito mais frágeis do que aqui. Aqui demorará um pouco mais, mas cobrará.

Merval Pereira:

O presidente Lula prossegue na sua campanha para banalizar qualquer transgressão legal que venha a ser cometida por um aliado político. Do alto de uma popularidade inédita no segundo ano de um segundo mandato, reafirmada ontem pela pesquisa do Ibope, o presidente sente-se autorizado a fazer e dizer qualquer coisa. De público, no clima de palanque eleitoral em que inaugurou obras do PAC em Recife, absolveu o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti, defenestrado de seu cargo por culpa do “pedágio” que cobrava do concessionário do restaurante da Câmara, uma quantia tão irrisória quanto emblemática do clima de amoralidade que dominava a Casa.

A popularidade em alta do presidente solta sua língua, fica cada vez mais belicoso e a vontade no mito que construiu para si mesmo. Mitos não são eternos e caem diante da própria empáfia. Quanto tempo demorará para o brasileiro ver a verdadeira natureza de seu príncipe?

Severino Cavalcanti não foi perseguido, muito menos por ser nordestino. Foi defenestrado porque foi pego com a mão na bufunfa pública e ao contrário do conterrâneo não tinha a popularidade e a ideologia para protegê-lo de si mesmo.

Jornal do Brasil:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que o colega venezuelano Hugo Chávez foi o “grande pacificador” do conflito entre Colômbia e Equador. Na ocasião, Chávez reforçou a presença das tropas na venezuelana na fronteira com a Colômbia, o que gerou um clima de tensão na região.

Dizer o que? Chamar Hugo Chávez de pacificador é alguma coisa de inédito. Já era democrata “até demais”, agora também pacifica a região através do movimento pirotécnico de suas forças armadas.
Sabem que pacificou a região? O “senhor da guerra” George Bush. Só precisou de uma frase: os Estados Unidos estão incondicionalmente ao lado do aliado democrático que enfrenta um grupo narco-revolucionário-terrorista. E não falou mais no assunto. Nem precisava.

Folha de São Paulo:

Partiu da secretária-executiva da Casa Civil, braço direito da ministra Dilma Rousseff, a ordem para a organização de um dossiê com todas as despesas realizadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sua mulher Ruth e ministros da gestão tucana a partir de 1998. O banco de dados montado a pedido de Erenice Alves Guerra é paralelo ao Suprim, o sistema oficial de controle de despesas com suprimentos de fundos do governo.

A Folha usou o termo correto, dossiê. As digitais de Dilma Rousseff estão todas ali, como estavam as de Palocci na quebra do sigilo do caseiro. O que já dá uma resposta para a tranqüilidade da ministra, afinal agiu contra FHC e não contra um pobre coitado. Neste caso não tem muito problema, é só briga política. Ao moderno príncipe tudo é permitido.

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